quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PRA VOCÊ QUE AINDA NÃO CONHECE, CONFIRA A HISTÓRIA DE NOSSA CIDADE

A História de Valença

O atual território do município de Valença, por ocasião do descobrimento do Brasil, era habitado por indígenas tupiniquins, de índole pacifica. Quando D. João III, Rei de Portugal, em 1534, dividiu o Brasil em capitanias hereditárias, aquela área ficou pertencente à capitania de Ilhéus, sob a jurisdição da Vila de Nossa Senhora do Rosário de Cairu, onde se fez o primeiro povoamento.

Entre as pessoas que vieram povoar o território de nossa cidade, estava Sebastião Pontes, homem rico e de prestigio que já possuía dois engenhos de açúcar no recôncavo baiano. Muitos moradores se estabeleceram nas terras banhadas pelo Rio Uma, com fazendas de cana e mantimentos. Além desses moradores “civilizados”, havia também, na vizinhança do Engenho, uma aldeia subordinada a Sebastião Pontes. Era o senhor Sebastião Pontes homem honrado, porém de gênio ruim, acostumado ir a luta armada.

Fizeram com que Sebastião Pontes fosse embora da ilha que depois levaria o nome de Valença,um homem empreendedor que trouxe prosperidade a Valença, daí foi invadida a região pelos índios aimorés, de índole brava diminuiu o progresso e ficou parada por muito tempo a colonização do território de Valença.

Após sangrentas guerras aos aimorés pelos habitantes do paulista João Amaro Maciel Parente, reencontrou a localidade em fase de progresso, que justificou a proposta do ouvidor da Comarca de Ilhéus, desembargador Baltasar da Silva Lisboa, para a criação de uma vila na povoação de Una. Aprovada a proposta do ouvidor, foi determinada pela Carta Régia de 23 de janeiro de 1799, a criação da Vila de Nova Valença do Santíssimo Coração de Jesus, com território pertencente ao município de Cairu. Ocorreu sua instalação a 10 de junho do mesmo ano, com a presença do dito desembargador que sugeriu a construção da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus. Uma vez concluída, tornou-se matriz da freguesia, em 26 de setembro de 1801.

Nesta época começou a extração da madeira que se destinava a construção dos navios da armada real e a área desmatada foi sendo ocupada pelas atividades agrícolas, notadamente a mandioca, arroz de Veneza, café, pimenta do reino e canela.

A denominação Valença foi atribuída, segundo diz a tradição popular, por estes novos moradores, que quando os índios aimorés habitavam não podiam entrar, para os quais a localidade representava a solução para os seus problemas, Terra de Valença, da Salvação. Uma outra versão atribui a escolha deste nome ao conselheiro Baltasar da Silva Lisboa que na intenção de homenagear ao ministro Marques de Valença, elevou o povoado a categoria de vila, em 10 de junho de 1789, dando-lhe o título de Nova Valença.

Por força da Resolução nº 368, de 10 de novembro de 1849, a sede municipal recebeu foro de cidade, sob a denominação de Industrial Cidade de Valença, por possui a primeira Indústria e nessa data é que comemoramos o aniversário de nossa cidade.

Valença hoje é a maior cidade da Costa do Dendê e ao mesmo tempo, uma cidade pesqueira e colonial do século XVI e um dinâmico pólo comercial e de serviços da região. Famosa por seus camarões. Valença conta com um cais do porto onde o casarão tem a beleza de um cartão postal antigo, ofertando aos visitantes um rico patrimônio histórico que convive com os barcos antigos que povoam o Rio Una, que divide a cidade. Três pontes interligam as duas cidades.

Quando abrigou a esquadra do Lord Cochrane, vindo para combater os portugueses em 1823. A atuação nessa luta, ao lado de Cachoeira e de Santo Amaro, foi tão notável que a cidade recebeu o título de “A decidida” como no hino da cidade fala.

Na Segunda Guerra Mundial, Valença entrou em cena, quando submarinos alemães bombardearam os navios Itajiba e Irará, na sua costa. Os passageiros foram salvos pelo saveiro Araripe e os feridos levados para o hospital que funcionava improvisadamente no Prédio do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Fiação e Tecelagem de Valença, antiga Recreativa, prédio de planta francesa e arquitetura neoclássica. Este mesmo prédio foi o primeiro banco de sangue desta região, fato ocorrido em agosto de 1942. Por este gesto, Valença recebeu o título de “A hospitaleira”.

Decidida, pacífica e hospitaleira, Valença reúne hoje os principais estaleiros da Bahia, onde são construídos barcos, saveiros, veleiros, escunas e até caravelas.

Parabéns Valença pelos seus 160 anos.

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